| ciclo | Pré_Escolar |
| id | Olga-2 |
| pof | entrevista_Olga |
| keys | transporte // zonas rurais // acesso |
| nvivo | incidente crítico |
| geo | Algarve |
Nesse ano que estive no Algarve, fizemos um trabalho muito interessante entre os colegas. E eu estava num jardim de infância que tinha duas salas, numa freguesia grande que tinha quatro salas em duas localidades. E só três é que estavam com educadoras. Na altura até tinha um rapaz. E no resto da freguesia havia escolas de primeiro ciclo. A zona da Mexilhoeira Grande, que é uma freguesia das maiores do país, mas tem uma zona rural muito densa, e nessa altura - agora já não - mas nessa altura tinha três escolas primárias rurais e as crianças destas áreas não iam para o jardim de infância, porque ficava a uma distância e, portanto, a escola era ali perto. Ali perto não havia jardim de infância, o jardim de infância havia a cinco ou seis quilómetros, na sede de freguesia
Entrevistadora: Pois, e já não iam.
Olga: E eu e a minha colega pensámos “então,mas há ali uma sala que não está ocupada”. Fomos à Junta de Freguesia explicar ao presidente da Junta. Depois o presidente da Junta disse: “se houver inscrições eu posso tentar arranjar transporte”, que agora é uma coisa que é obrigatória, mas que na altura não havia transportes. Nós deslocarmo-nos no meu carro pela zona rural toda, pelas tascas, pelos cafés, as mercearias, deixámos os papéis para pré inscrição dos meninos. Para saber quantos meninos é que havia. Fomos às escolas de primeiro ciclo, falámos com as professoras, se têm irmãos mais pequeninos, deixámos os papéis nos cafés para que o presidente da Junta, se houvesse um número razoável, fizesse o transporte. Mas ele fazia o transporte, se depois a delegação escolar requisitasse mais educadores. E nós fizemos todo este processo e até agora funciona o transporte pelas zonas rurais.