| ciclo | 1º Ciclo |
| id | Mara-1 |
| pof | entrevista_Mara |
Nós saíamos da escola e tínhamos, por exemplo, um mês em que íamos a uma escola de um concelho vizinho da Escola do Magistério Primário do Porto. Lembro-me de ir a Matosinhos, fui a um bairro no Porto, um bairro já com bastantes problemas a nível social. E víamos realidades diferentes, onde tirávamos notas, fazíamos relatórios, fotografias – que era até uma coisa muito inovadora, na altura, mas já fazíamos registos fotográficos disso – e tirávamos apontamentos dos métodos de ensino, porque também tinham a preocupação de nos levar, mesmo na prática, a sítios onde houvesse um tipo de trabalho diferente, práticas pedagógicas diferenciadas. Foi nessa altura, mais ou menos, que apareceram, por exemplo, as primeiras P3, de área aberta – que foram construídas de raiz, uma delas em Matosinhos, em que eram marido e mulher que trabalhavam, e as salas, eram três salas, só com meia parede, não era até ao teto, meia parede a dividir, mas depois tinha espaço comum, em que as três turmas se juntavam para fazer assembleias de escola - que eu nunca mais me esqueço disso, ainda hoje uso muitas vezes: não com outras colegas, mas faço disso algumas práticas da minha sala de aula – em que se via trabalhos fantásticos da exposição de trabalhos pelos alunos, em que depois, mais tarde, vim a deixar de ver isso, e agora parece tudo novidade e nada disso é novidade, porque isso já vem de há mais de 30 anos – eu vi isso, lá está, no meu 2º ano de formação.