A história do Banco de Portugal mostra como as suas funções e responsabilidades foram evoluindo de modo a responder às necessidades da economia e da sociedade. A actividade do Banco de Portugal, hoje parte integrante do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC), insere-se num contexto internacional e, em especial, europeu, caracterizado pela União Económica e Monetária (UEM). A UEM, cuja terceira e última fase se iniciou a 1 de Janeiro de 1999, implica uma política monetária única, cujos aspectos mais visíveis são a moeda única - o euro - e a criação de um Banco Central Europeu (BCE) e de um SEBC. Essa inserção internacional encontra também reflexo numa intensa actividade de cooperação. Além destes aspectos da inserção internacional da sua actividade, o Banco de Portugal participa nos trabalhos de um grande número de organismos internacionais, assegurando a representação internacional do Estado português junto de alguns deles. De acordo com a respectiva Lei Orgânica , "o Banco de Portugal, como banco central da República Portuguesa, faz parte integrante do Sistema Europeu de Bancos Centrais, (...) SEBC" e, nessa qualidade, "prossegue os objectivos e participa no desempenho das atribuições cometidas ao SEBC". De acordo com o Tratado da União Europeia "o objectivo primordial do SEBC é a manutenção da estabilidade dos preços". Esse objectivo é prosseguido por via da política monetária. Compete especialmente ao Banco "velar pela estabilidade do sistema financeiro nacional, assegurando, com essa finalidade, designadamente, a função de refinanciador de última instância". A prossecução deste objectivo é efectuada através da supervisão das instituições de crédito e das sociedades financeiras. O Banco "emite notas com curso legal e poder liberatório" e "põe em circulação as moedas metálicas (...)", embora o BCE detenha o direito exclusivo de autorizar a sua emissão. Esta função pode articular-se com outra, mediante a qual "compete ao Banco de Portugal regular, fiscalizar e promover o bom funcionamento dos sistemas de pagamentos, designadamente no âmbito da sua participação no SEBC". Além das funções referidas, compete ainda ao Banco de Portugal "gerir as disponibilidades externas do País" e "agir como intermediário das relações monetárias internacionais do Estado", bem como "aconselhar o Governo nos domínios económico e financeiro" e "a recolha e elaboração das estatísticas monetárias, financeiras, cambiais e da balança de pagamentos designadamente no âmbito da sua colaboração com o BCE". A gestão do Banco de Portugal efectua-se num contexto de grande autonomia do poder político, facto que se tem traduzido em maiores responsabilidades no domínio da prestação de contas e transparência. A sua organização é dirigida pelo Governador e pelo Conselho de Administração. A missão do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC), de que o Banco de Portugal faz parte, é a manutenção da estabilidade dos preços. Porquê ? Porque não lhe atribuiu o legislador, em alternativa - ou cumulativamente - outros objectivos, como sejam a promoção do crescimento e da criação de emprego, ou de uma melhor distribuição da riqueza ? Por duas razões simples, ambas comprovadas tanto pela teoria económica como pela prática. Em primeiro lugar, porque a política monetária se revela particularmente poderosa na criação de condições capazes de garantir a estabilidade monetária, isto é, a estabilidade do nível geral de preços ou uma inflação baixa e estável. Diz também a experiência que um instrumento de política deve estar consignado à obtenção apenas de um objectivo e não de vários. Daqui resulta que: - por uma questão de eficácia, a política monetária deve estar orientada para a obtenção da estabilidade de preços; - é indesejável que à mesma estejam cometidos outros objectivos de política económica, certamente melhor prosseguidos através da utilização de outros instrumentos à disposição das autoridades, como as políticas estruturais, orçamental, de rendimentos e preços, etc. Em segundo lugar, a estabilidade dos preços é uma premissa e não uma alternativa ao crescimento. A inflação, com efeito, cria uma instabilidade adicional que afecta negativamente as relações económicas: níveis de inflação elevados e maior imprevisibilidade no ritmo de variação dos preços contribuem para distorcer o mecanismo de preços e o sistema de incentivos que estão na base do modelo de economia de mercado em que vivemos. E, como são escassos os recursos, obter com eles mais riqueza é preferível a obter menos. Além disso, no caso em que num determinado país ela é superior à dos seus principais parceiros comerciais, a inflação significa perda de capacidade competitiva da produção desse país, situação tanto mais insustentável quando o contexto é o de total liberdade dos movimentos de bens, serviços e capitais. E, estando adquirido que as desvalorizações cambiais para repor os níveis de capacidade competitiva perdida seriam, caso fossem possíveis, meros paliativos de curto prazo, indutoras de mais inflação e de novas desvalorizações competitivas, a solução para o problema, no médio e longo prazo, só pode radicar na redução da inflação. Só assim estarão criadas as condições necessárias para que se verifiquem aumentos de competitividade reais e não artificiais - baseados, portanto, em ganhos de produtividade e em melhorias de qualidade - e, por via disso, crescimento e convergência real com os países mais ricos. A questão tem, além disso, implicações importantes de natureza social. Com efeito, a inflação, além de redistribuir arbitrariamente a riqueza, fá-lo quase sempre contrariando a equidade: do credor para o devedor; do menos instruído para fazer face a riscos nominais para o que sabe e tem capacidade para especular na inflação; do industrial sério para o negociante de ocasião. É precisamente por isso que nos períodos de inflação elevada mais se alarga a distância entre os mais pobres e os mais ricos. A missão de prossecução da estabilidade dos preços insere-se no contexto de uma grande autonomia SEBC em geral e do Banco de Portugal em particular em matéria de política monetária. Essa autonomia, que reflecte, aliás, a experiência recente de um grande número de bancos centrais, traduz a convicção do legislador de que a política monetária - e o seu objetivo primeiro virado para a obtenção da estabilidade de preços - será conduzida com maior eficácia por profissionais e enquadrada numa lógica de médio prazo, tanto quanto possível desligada de preocupações induzidas pela sucessão dos ciclos político-eleitorais. É hoje geralmente aceite que o objectivo de médio prazo adequado para um banco central é garantir a estabilidade dos preços, ou seja, a manutenção do poder de compra da moeda. A generalidade dos economistas e dos decisores políticos sustenta hoje em dia que a existência de um quadro macro-económico estável é uma condição necessária ao crescimento económico sustentado. Com efeito, um elevado crescimento dos preços está em geral associado a uma elevada volatilidade dos mesmos, facto que conduz a uma deficiente afectação dos recursos e prejudica assim o crescimento e a criação de emprego. No entanto, pode existir no curto prazo alguma correlação entre inflação e crescimento, embora cada vez mais apenas no muito curto prazo e com custos significativos no médio prazo. A sua mera possibilidade cria, no entanto, um enviesamento de sentido inflacionista, na medida em que o público tem a percepção de que as autoridades podem ser tentadas a expandir o produto através de estímulos inesperados induzidos por uma política económica expansionista. O único mecanismo institucional capaz de evitar esse enviesamento inflacionista consiste em dotar um banco central com um mandato claro no sentido de prosseguir a estabilidade dos preços. O Banco de Portugal dispõe de um mandato dessa natureza, estabelecido de forma clara na sua Lei Orgânica . A experiência confirma que a melhor forma de prosseguir a estabilidade dos preços é a existência de uma estratégia de política monetária clara e credível, o que pressupõe o anúncio de um objectivo e a adopção de medidas de política sempre que os desenvolvimentos verificados dele se afastarem. Nesse sentido, existem basicamente duas alternativas: - uma estratégia directa, que implica o ajustamento dos instrumentos de política monetária em resposta a desvios da inflação da trajectória desejada; - ou uma estratégia indirecta, que se baseia na escolha de um objectivo intermédio consistente com o objectivo último e usa os instrumentos de política monetária para corrigir os desvios do objectivo intermédio em relação ao valor de referência. Um agregado monetário ou a taxa de câmbio são as variáveis mais correntemente usadas como objectivos intermédios. A adopção da taxa de câmbio como objectivo intermédio - ancorando-a a uma zona de (reputada) estabilidade nominal - é particularmente adequada para uma pequena economia muito aberta ao exterior. Por um lado isso implica um alinhamento da política monetária interna com a da referida zona (num contexto de liberdade de circulação de capitais). Por outro lado, devido à abertura da economia, que se traduz num peso relativamente significativo do sector dos bens e serviços sujeitos à concorrência externa (vulgo "transaccionáveis"), existe uma ligação estreita entre os preços praticados internamente e os preços dos produtos importados, cuja evolução tende, por isso, a desempenhar um papel determinante no comportamento da inflação. A estabilidade da taxa de câmbio é, portanto, determinante para a obtenção da estabilidade de preços e para controlar as expectativas inflacionistas. Portugal é um caso típico de uma pequena economia muito aberta ao exterior. A sua estratégia de política monetária é desde há uns anos baseada na taxa de câmbio como objectivo intermédio. A explicitação desse objectivo e a sua credibilização traduziu-se na adopção dos compromissos decorrentes da participação do escudo no Mecanismo de Taxas de Câmbio (MTC) do Sistema Monetário Europeu (SME). A alternativa da escolha de um agregado monetário como objectivo intermédio parece menos aconselhável em casos semelhantes. Com efeito, a instabilidade da procura de moeda numa economia muito aberta ao exterior num contexto de rápida inovação financeira e de completa liberalização dos movimentos de capitais tornam inexequível controlar o crescimento da oferta monetária por forma a adequá-la a um crescimento previsto do produto e a uma taxa de inflação aceitável. O nível relativo das taxas de juro tem uma influência directa sobre o nível da taxa de câmbio do escudo. As condições de remuneração das aplicações em escudos desempenham, na verdade, um papel determinante nas decisões de afectação de carteira entre divisas que efectuam os agentes económicos. Na definição da estrutura de taxas de juro é decisivo o nível das taxas de curto prazo no mercado monetário interbancário, nível esse que o Banco de Portugal tem a possibilidade de influenciar, na qualidade de banco central, através da sua capacidade de criação de moeda primária ou central. As instituições de crédito têm necessidade de moeda central ou primária para se abastecerem de notas ou de moedas metálicas e para regularizarem os saldos que resultam das trocas de meios de pagamentos (cheques, transferências, etc.) que realizam entre si no dia-a-dia. As suas contas de depósito no Banco de Portugal não podem, por isso, encontrar-se devedoras. Essa moeda primária ou central é negociada pelas instituições de crédito no mercado monetário interbancário: as que a têm em excesso cedem-na às que dela têm escassez, a determinadas taxas de juro. Se a quantidade de moeda primária ou central existente no mercado monetário se revelar insuficiente face às necessidades - escassez de liquidez - as taxas de juro praticadas têm naturalmente tendência a aumentar. No caso contrário, se a quantidade de moeda primária ou central existente no mercado monetário for abundante - excesso de liquidez - as taxas de juro praticadas têm tendência a baixar. Com as suas intervenções no mercado monetário, o Banco de Portugal procura regular as condições de liquidez, de forma a que as taxas de juro se fixem a níveis considerados compatíveis com o objectivo de taxa de câmbio. Taxas de juro demasiado baixas, na medida em que afectam as condições de remuneração das aplicações em escudos, podem traduzir-se numa depreciação da taxa de câmbio. Em contrapartida, taxas de juro demasiado elevadas podem, pelos motivos exactamente inversos, contribuir para uma apreciação da taxa de câmbio. Assim, o Banco de Portugal pode surgir a intervir no mercado monetário às taxas por si definidas - chamadas, por isso, taxas de intervenção -, quer para injectar liquidez no mercado monetário, em caso de escassez, quer para, ao invés, absorver a liquidez excedentária. Para o efeito, o Banco de Portugal utiliza dois tipos de instrumentos: as facilidades permanentes e as operações de mercado aberto, tendo por base um sistema de disponibilidades mínimas de caixa, a que está sujeita a grande generalidade das instituições financeiras. Além das intervenções directas de regulação de liquidez no mercado monetário, o Banco de Portugal pode recorrer também a intervenções no mercado de câmbios para atingir o seu objectivo intermédio de taxa de câmbio: assim, compra ou vende a moeda nacional contra moedas estrangeiras, afectando assim as suas reservas cambiais. Para contrariar variações muito significativas e temporárias no sentido da apreciação (ou depreciação) do escudo, vende (ou compra) escudos contra moedas estrangeiras à cotação que pretende manter. O Banco de Portugal, banco central da República Portuguesa, foi criado por decreto real de 19 de Novembro de 1846, em resultado da fusão do Banco de Lisboa, primeiro banco português, fundado em 1821, e da Companhia Confiança Nacional, uma sociedade de investimento especializada no financiamento da dívida pública. O Banco de Portugal tem a sua Sede em Lisboa, localizada desde 1870 na Rua do Ouro, mas, mais tarde, após sucessivas expansões, abrangendo todo o quarteirão formado pela Ruas do Ouro, do Comércio e de S. Julião. O seus serviços centrais, no entanto, estão essencialmente concentrados no Edifício Portugal, na Avenida Almirante Reis. As funções ligadas à emissão estão situadas no novo Complexo do Carregado. Na Sede, no Edifício Portugal e no Complexo do Carregado trabalham cerca de 1541 dos 1828 funcionários que o Banco de Portugal tinha no final de 1998. O Banco de Portugal mantém uma presença no País através da Filial do Porto, das Delegações Regionais e das Agências (ver localização geográfica). Segundo a sua Lei Orgânica , são órgãos do Banco de Portugal o Governador, o Conselho de Administração, o Conselho de Auditoria e o Conselho Consultivo. O Banco de Portugal está estruturado em Departamentos (ver organograma ). O Governador representa e actua em nome do Banco de Portugal junto de instituições estrangeiras ou internacionais. Preside ao Conselho de Administração. Tal como os demais membros do Conselho de Administração, é nomeado pelo Conselho de Ministros, sob proposta do Ministro das Finanças, e exerce as suas funções por períodos renováveis de cinco a seis anos. Ao Conselho de Administração compete a prática de todos os actos necessários à prossecução dos fins cometidos ao Banco de Portugal. É composto pelo Governador, por um ou dois Vice-Governadores e por três a cinco Administradores. O Conselho de Auditoria acompanha o funcionamento do Banco de Portugal e o cumprimento das leis e regulamentos que lhe são aplicáveis e emite parecer acerca do orçamento, do balanço e das contas anuais de gerência. É composto por quatro membros (três designados pelo Ministério das Finanças e um pelos trabalhadores do Banco de Portugal), que exercem as suas funções por períodos renováveis de três anos. O Conselho Consultivo pronuncia-se sobre o relatório anual da actividade do Banco de Portugal e sobre os assuntos que lhe forem submetidos pelo Governador ou pelo Conselho de Administração. Presidido pelo Governador, integra os Vice-governadores, os antigos Governadores, um representante do departamento governamental responsável pelo planeamento do desenvolvimento, duas personalidades de reconhecida competência em matéria bancária e financeira e uma em matéria económica, um representante de cada uma das regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e o Presidente do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal. O símbolo do Banco de Portugal foi adoptado em 1846, mediante ligeiras alterações introduzidas ao selo branco que o artista-gravador Domingos António Sequeira havia criado anos antes para o Banco de Lisboa. O Banco de Portugal participa activamente nos trabalhos de preparação da terceira e última fase da União Económica e Monetária, a qual implicará uma política monetária única, cujos aspectos mais visíveis serão uma moeda única - o euro - e a criação de um Banco Central Europeu e de um Sistema Europeu de Bancos Centrais. O Tratado da União Europeia, assinado em Maastricht, a 7 de Fevereiro de 1992, entrou em vigor em 1 de Novembro de 1993. O Tratado prevê nomeadamente a criação de uma União Económica e Monetária e de uma moeda única. Nessa união participarão os países que cumpram um conjunto de critérios de convergência e que não disponham de uma cláusula que lhes permita uma decisão de auto-exclusão - e, nessa conformidade, decidam não participar. Os critérios em questão são de natureza quer económica (como baixa inflação, baixas taxas de juro de longo prazo, taxa de câmbio estável e finanças públicas sãs), quer jurídica (como a independência dos bancos centrais nacionais). A partir do início da terceira e última fase da União Económica e Monetária, a política monetária única para os países participantes no euro passará a ser definida e conduzida pelo Banco Central Europeu. Este e os bancos centrais nacionais, entre os quais o Banco de Portugal, constituirão o Sistema Europeu de Bancos Centrais. Reunidos em Madrid, em Dezembro de 1995, em Conselho Europeu, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia confirmaram que a terceira e última fase da União Económica e Monetária se iniciará em 1 de Janeiro de 1999. Nessa data serão fixadas irrevogavelmente as taxas de conversão entre as moedas dos países participantes, o euro passará a ser a moeda única e o Banco Central Europeu assumirá a responsabilidade pelas decisões da política monetária única. Em Março de 1998, a Comissão Europeia propôs a participação na área do euro, a partir de 1 de Janeiro de 1999, de 11 Estados-membros, Portugal incluído. Essa recomendação, o parecer em que se baseia e o parecer do Instituto Monetário Europeu (ver Relatório de Convergência do IME) consubstanciarão as decisões que os Chefes de Estado e de Governo serão chamados a tomar no início de Maio relativamente aos países que participarão desde início na terceira e última fase da União Económica e Monetária. Nesse mesmo mês de Março, o Banco de Portugal, emitiu a pedido do Governo um parecer segundo o qual a recomendação formulada pela Comissão Europeia corresponde ao espírito e à letra do Tratado da União Europeia (ver Relatório de Convergência do Banco de Portugal). Os países que não puderem participar nesta última fase da União Económica e Monetária desde o início poderão, no entanto, juntar-se-lhe mais tarde, nas condições definidas pelo Tratado. A introdução do euro será efectuada a partir de 1999 nas operações realizadas nos mercados monetários, cambiais e financeiros; para a grande maioria das operações de retalho, no entanto, a transição para o euro deverá efectuar-se apenas a partir do momento da introdução física de moedas e notas em euro, o mais tardar em 1 de Janeiro de 2002. O cenário de transição para o euro definido em Madrid foi elaborado na sequência de uma intensa concertação entre as várias instituições europeias envolvidas. Nesse contexto, desempenhou papel relevante o Instituto Monetário Europeu, o qual foi encarregue, segundo o Tratado, de preparar a criação do futuro Banco Central Europeu e as principais orientações e instrumentos da política monetária única (ver Documentos do IME) Tal como todos os outros bancos centrais da União Europeia, o Banco de Portugal participa activamente nos trabalhos preparatórios desenvolvidos pelo Instituto Monetário Europeu. Com o objectivo de assegurar condições de estabilidade para além do início da terceira e última fase da União Económica e Monetária, os chefes de Estado e de Governo, reunidos no Conselho Europeu de Dublin, em Junho de 1996, definiram os contornos de um Pacto de Estabilidade e de Crescimento - destinado a garantir uma gestão sã e duradoura das finanças públicas nacionais dos países participantes no euro - e de um novo Mecanismo de Taxas de Câmbio, cujo objectivo é garantir a estabilidade nominal das taxas de câmbio entre o euro e as moedas dos países não participantes. Inicialmente de modo informal, depois, após a aprovação do cenário de transição pelo Conselho Europeu de Madrid, em Dezembro de 1995, de forma mais intensa e estruturada, o Banco de Portugal estabeleceu desde meados desse ano um diálogo com a Associação Portuguesa de Bancos, a fim de tratar dos aspectos práticos da transição para a moeda única e da preparação do sistema bancário português para funcionar nesse contexto. Assim, foi aprovado em Janeiro de 1997 um primeiro relatório sobre "A Transição para a Moeda Única e o Sector Bancário Português" . Nesse âmbito, com propósitos de divulgação junto do grande público, foi preparado um questionário sobre a União Económica e Monetária, o euro e a transição denominado "Algumas Questões sobre a Moeda Única" . O 25 de Abril é um dia feriado em Portugal. A minha irmã mais nova nasceu no dia 8 de Abril. -- Em Abril queres vir comigo ao Algarve? Agosto é um dos meses mais quentes do ano. Fui para a praia em Agosto. -- A 20 de Agosto faz anos o teu irmão. No mês de Agosto costuma estar bom tempo. O Agosto foi bastante quente, ao contrário do mês de Julho. O Carnaval brasileiro é famoso pelas suas festas exuberantes. No Carnaval, há sempre muitas festas e bailes para as pessoas se divertirem. Na altura do Carnaval os alunos têm sempre alguns dias de férias. O dia 25 de Dezembro é o dia de Natal. O Inverno começa em Dezembro. -- Fazes anos em Dezembro? -- Quando é o teu aniversário? -- É no dia 4 de Fevereiro. Em Fevereiro vou de férias praticar desportos de Inverno. Em Fevereiro registam-se sempre baixas temperaturas na Europa. Daqui até Fevereiro ainda falta muito tempo! De Janeiro a Fevereiro, e de Fevereiro a Março, são dois pulinhos a caminho da Primavera. Deve ser duro o Inverno na serra! No Inverno, a conta da electricidade aumenta sempre. Eles foram no mês de Janeiro à serra da Estrela. O André comprou a sua casa em Janeiro. -- Só voltamos cá, lá para Janeiro. A Joana vem de Angola em Janeiro. -- Parto para férias no dia 1 de Julho. -- Em Julho, vamos sempre para a praia. O Paulo e a Carla casam no mês de Julho. A Primavera acaba a 21 ou 22 de Junho. Em Junho, vou para Paris. O Vítor vai fazer uma exposição de pintura e tapeçaria em Junho. As festas dos santos populares são em Junho. -- Qual é a data da carta? -- 25 de Maio de 1985. Ela diz que prefere as férias em Maio. -- Fazes anos no dia 3 de Maio? O 13 de Maio é uma data querida dos católicos portugueses. A Primavera começa no dia 21 de Março. -- Também fazes anos em Março? Tenho um teste marcado para o dia 3 de Março. O Março é para ele um mês memorável. -- Sempre vens no dia 25? -- A minha tia faz anos em 21 de Novembro. Em Novembro começa a estar frio. O mês de Novembro é o penúltimo do ano. As folhas das árvores costumam cair durante o Outono. As temperaturas do Outono assemelham-se muito às da Primavera. Depois do Verão, vem o Outono. -- Tu nasceste em Outubro de 1960? O 5 de Outubro é feriado nacional em Portugal. O mês de Outubro não foi muito frio. O Outubro do ano passado foi bastante quente. Na Páscoa fomos até ao Douro. O médico recomendou que, na Páscoa, não abusasse das amêndoas. O mês de Setembro é o mais bonito do ano. Peço sempre férias até quinze de Setembro. Em Setembro, foram passar uns dias à aldeia. A Odete passou o Verão no Algarve. No Verão passado fui a Paris. Dizem que o próximo Verão vai ser muito quente. As crianças gostam muito do Verão porque é nesta estação que elas têm as férias grandes. Nas férias grandes o João irá a Paris. -- Só vou a tua casa depois de estudar. Eu estava à janela quando começou a chover. O atleta chegou à meta fora do tempo regulamentar. As aulas começam às oito horas e trinta minutos. -- Achas que ele ainda chega a tempo de apanhar o comboio? -- Até logo! Ver-nos-emos ao fim da tarde A Joana estuda de manhã e trabalha às tardes numa confeitaria. Os alunos vão a pé para a escola. Ela obedece sempre aos pais. -- Nunca faltes às tuas obrigações! -- Raquel, tu prestaste atenção à leitura do texto? O pai ensinou-lhe que deve amar a Deus sobre todas as coisas. -- Sabias que vão passar todos os alunos e que, à Rosa, vão reprová-la? -- Não acredito que o João não fosse fiel ao amigo. Aquele lavrador vive agarrado à terra. Essa camisola é semelhante a esta. Outrora, trabalhava-se de criança a velho! Ele confiou um segredo ao Artur. No Natal ofereci um livro ao meu pai. -- O que tem o gato, que está sempre a miar?! -- O João?! -- Não sei, mas ele há pouco estava a estudar. -- Tu já sabes que eu estou a tirar a carta de condução? -- Já comecei a ler o livro que me emprestaste. Logo que o telefone toca, ele corre a perguntar quem é! -- O João está tão zangado que eu nem me atrevo a falar-lhe no assunto. Com o vento, o sino da igreja veio abaixo. -- Cuidado, não deites abaixo o copo! -- Queres comprar pão? Abaixo de mim há uma padaria. As crianças abaixo dos seis anos não devem utilizar sozinhas o elevador. Abaixo da Rita, ainda há outra rapariga. Em matemática, o Rui está muito abaixo da Laura. O capitão está abaixo de major. O terramoto foi tão forte que abalou vários bairros da cidade. Quando os camiões passam, todas as janelas são abaladas. -- O que é que fez abalar todos os vidros? -- Foi a ventania. -- O argumento que eu lhe dei acabou por abalar a sua convicção. A morte do pai abalou-o profundamente. A notícia da catástrofe abalou toda a gente. Cometido o roubo, o ladrão abalou sem deixar rasto. A esta hora já toda a gente abalou. Como a criança não dava acordo de si, o pai começou a abaná-la suavemente. -- Não abanes a árvore! As maçãs podem cair. O gato, quando viu os carapaus, começou a abanar a cauda. Sob aquele sol tórrido, os espectadores abanavam-se com os jornais. O meu tio abandonou a minha tia e foi para o Brasil. É triste ver que muitas pessoas abandonam os animais antes de irem para férias. Depois da reforma, o meu avô abandonou Lisboa e foi viver para a aldeia. Os inquilinos abandonaram o prédio porque ameaça ruir. -- Ainda pensas abandonar o ensino? O rei abandonou o seu posto, após sete anos de reinado. O Pedro abandona os estudos e vai trabalhar. O sr. Ferreira abasteceu o pomar de produtos hortícolas muito variados Como se espera que o próximo Inverno seja prolongado, temos que abastecer de tr igo o nosso celeiro. -- Compras fruta sempre tão boa! Em que mercado te abasteces? O supermercado está em falência e já não tem dinheiro para se abastecer. A minha padaria abastece-se de pão de centeio aí umas três vezes por semana. -- A viagem é tão longa! É melhor abastecermo-nos de gasolina! Em muitas regiões de Portugal criam-se abelhas. As abelhas produzem mel, que é um bom alimento. Num enxame, não há senão uma rainha para todas as abelhas. -- Desculpe, como a porta estava aberta, entrei. -- Não deixes o frigorífico aberto! -- Com um terraço aberto como este, nem precisas de ir para a praia apanhar sol . -- Eu gosto da casa da Rita. As suas divisões são arejadas e abertas. -- De quem é aquele pacote aberto que está em cima da mesa? As rosas são bonitas quando estão todas abertas! Gosto mais dos cravos em botão do que abertos! Abertas as negociações, os membros do governo acalmaram-se. O presidente deu como aberta a conferência. -- O meu pai como tem um escritório aberto, nunca pode gozar férias. -- Eu tenho em ti a mais aberta confiança. O aberto desacordo entre os partidos políticos gerou o rompimento da coligação. -- Também posso inscrever-me? É um curso aberto a toda a gente? Gosto do Artur pelo seu espírito aberto. -- Que tempo aborrecido! Se continuar a chover não poderemos ir à praia. -- Aquele é o cantor mais aborrecido que eu conheço! O João foi muito aborrecido com os convidados. Quase os insultou. O aborrecido da situação é que ela chega sempre tarde. Ele abraçou os seus filhos antes de partir. O pai do João abraçou a carreira de professor primário. O Ricardo abraçou com unhas e dentes a causa dos pobres. Ele quando me viu abraçou-se a mim a chorar. Os amigos, quando se viram, abraçaram-se efusivamente. A questão acalmou-se e um abraço marcou a reconciliação. -- A Rosa escreveu-me e retribui-te o abraço que lhe mandaste. -- Vem, que eu trouxe guarda-chuva e abrigo-te. O teatro foi pequeno para abrigar tanta gente. -- Já é noite! Abriga as vacas no curral. O mendigo só procura um tecto para se abrigar do frio e da chuva. Quando começa a escurecer, as galinhas vão para o galinheiro e abrigam-se nos n inhos. O vento era tanto que as embarcações se abrigaram no porto. -- Abriga-te por um momento da chuva. O contínuo não abriu a porta porque se esqueceu da chave. -- Abram o livro de Português na página 28. Eles só abrirão a luz quando começar a escurecer. Ela quando abre a boca só diz asneiras. -- Abre o rádio mas não o ponhas muito alto. Ele abriu a sessão inaugural com um grande discurso. Não se pode caçar antes de abrir a caça. A cantina não abriu às 9 horas, como de costume. O pára-quedas não abriu a tempo e o aviador estatelou-se no solo. O vento era tanto que até a janela se abriu. Comeram-se os gelados num abrir e fechar de olhos. É absolutamente falso que o Pedro tenha chegado atrasado às aulas. -- O que estás a dizer opõe-se absolutamente ao que disseste antes. -- Ainda bem! Somos absolutamente da mesma opinião. -- Conseguiste pescar alguma coisa? -- Não, absolutamente nada! A abundância de entrevistas que ele deu tornou-o conhecido. Com a abundância de carros, a estrada tornou-se intransitável. Só pode ser bom cientista aquele que dispõe de abundância de meios. -- Queres mais dinheiro? Olha que eu não nado em abundância! O João abusa da fraqueza do irmão e não o respeita. -- Não abuses do teu colega só porque ele é mais novo que tu! Ele é preguiçoso e abusa daqueles que o mandam trabalhar. Ele abusa do álcool e agora está doente do fígado. -- Vós abusastes da situação para impor as vossas ideias. O ministro abusou da sua autoridade. -- Podes comer chocolates, mas não abuses! -- Fala direito e não abuses! Não vês que ele é teu pai?! Às vezes, os poderosos, quando não encontram resistência, abusam. -- Tenho a impressão que já estás a abusar! Ela gosta muito de sopa de abóbora. Ela foi ao mercado e comprou uma talhada de abóbora. -- Essa cor do vestido é bonita. Aliás, o azul e o abóbora ficam-te bem. O meu primo só casou quando acabou o serviço militar. -- Acaba primeiro os deveres. Depois verás o filme na televisão. -- Então o Manuel acabou o noivado sem mais nem menos? -- Já acabaram os conventos em Portugal? Ele ameaçou o adversário que no próximo desafio acabava com ele! -- Se ele me volta a insultar eu acabo com ele. -- Já estou cheio de vos ouvir. Acabem lá com a discussão. A Rua do Bonjardim acaba mesmo no cruzamento. Eu só receio que o seu nervosismo acabe em loucura. Quando o meu pai saía de casa eu acabava de chegar. -- Tu ainda vais acabar por te magoares! A peça de teatro acabou por agradar aos espectadores. Foi pena as férias terem acabado tão depressa! A festa começou mal, mas acabou bem. -- Não se fala mais nisso, acabou! -- Já acabaram os bolos?! Com a morte da mulher, ele acabou-se muito. Ele julga que é rico, mas um dia aquela riqueza acaba-se. -- Foi um acaso o nosso encontro, mas estou contente por te ter conhecido. -- Ainda não sei se vou a Lisboa. O acaso decidirá. -- Não fazes projectos para a tua viagem? Partes assim ao acaso? -- Não foi por acaso que ele me empurrou. Foi de propósito! -- Por acaso tens a intenção de me dares o livro que eu te emprestei? Ele aceitou a proposta porque era justa. -- Enviei um ramo de flores à Teresa. Achas que ela o vai aceitar? Ele está tão zangado que nem aceitou as censuras do amigo. Eu nunca aceitarei que façam troça de mim. Dada a insistência do convite, não tive outro remédio senão aceitar. O Pedro acenou a cabeça em sinal de protesto. O meu padrinho é aquele que está a acenar o lenço branco. Ele passou e acenou com a mão. A polícia acenou-lhe para que parasse. O amigo acenou-lhe com um bom emprego e ele emigrou. O patrão acenou-lhe com vantagens inesperadas e ele já não mudou de emprego. Na noite de S. João as pessoas acendem fogueiras. Antes de começar a missa, o sacristão acendeu as velas. -- Quando escurecer, acende a luz! -- Quando abro o frigorífico a lâmpada já não se acende. Se a lenha de pinho for seca acender-se-á facilmente. Depois dos insultos os ânimos acenderam-se. A intervenção da deputada acendeu o entusiasmo da assembleia. Ele não falou a ninguém acerca dos seus projectos O Francisco não precisa de explicar-se acerca do que aconteceu. Eles sabem muito acerca do António, mas não nos dizem nada. -- Agora que acertámos as contas, já não te devo nada. -- A partir de hoje não acertarei mais encontros com a Teresa. -- Então não conseguiste acertar o caminho? -- A costureira já teria acertado a bainha das calças? -- O relógio está adiantado. Acerta-o! A Raquel acertou com a Rosa encontrarem-se às cinco horas. Depois de muito caminhar, elas acertaram com a casa. -- A seta não acertaria no alvo? A pedra acertou-lhe no nariz. O caçador atirou à raposa e quase lhe acertava. O acesso à Faculdade está cada vez mais difícil. Como a estrada está em obras, é proibido o seu acesso. -- Conduz devagar. A via de acesso à fábrica está em mau estado. Esta porta dá acesso à cave. O João tem a chave da fábrica porque é o único que tem acesso ao escritório. Infelizmente, ainda nem todos têm acesso à cultura. O João anda nervoso. O que me custa mais são os seus acessos de cólera. A gripe foi forte e ele surgiu com violentos acessos de febre. O cão anda doente. Tem acessos de vómitos e não tem apetite. Aquando da conferência, deu-lhe um acesso de tosse que não conseguiu falar mais . -- As dores de cabeça não são contínuas. Elas surgem-me por acessos. -- Hoje achei o lápis que tinha perdido ontem. -- Se achaste essa pulseira, deves entregá-la à polícia. -- Eu bem queria, mas não achei modo de lhe falar no assunto. -- Afinal fui fazer a tal viagem e não achei dificuldades nenhumas. -- Já temos professor de inglês. O Pedro acha-o simpático. E tu? Comprei o ``Dicionário do Português Básico'', pois achei-o interessante. -- Estás a mandar-me fechar a janela?! Achas que sou tua criada? -- O João acha-se esperto, mas eu não acho. -- Actualmente acho-me bem. Já não me dói a cabeça. O número de acidentes de estrada aumenta de dia para dia. Os acidentes de trabalho são ainda muito frequentes. Ele conseguiu sobreviver ao acidente brutal que o vitimou. Os acidentes do terreno não permitiram que ele ultrapassasse os 60 km por hora. As crianças acima dos 10 anos pagam bilhete nos transportes públicos. -- Tu sabes que a temperatura hoje foi acima dos 30 graus? -- Sabes quem mora acima de mim? A irmã do Carlos. Nos trechos acima transcritos encontrarás resposta às tuas perguntas. A Ana foi numa excursão pelo rio acima. -- Viste o Gil? -- Ele passou há bocadinho rua acima. -- A minha avó é uma velhinha simpática e acolhedora. -- O teu jardim é acolhedor. Está-se aqui bem. É acolhedor saber que temos muitos amigos. -- Aqui senta-se o João, ali a Laura e acolá sentas-te tu. A Joana saiu mesmo agora. Foi acolá e já vem. Acolá está a igreja e lá, mais adiante, está a câmara municipal. -- Ainda é cedo. Eu acompanho-te até à escola. Ele zangou-se e acompanhou as suas palavras com gestos de ameaça. -- Quando soube da catástrofe acompanhei as notícias a par e passo. -- Uma grande maçada aconteceu-me hoje! O relógio não despertou e cheguei tarde à escola. Caso acontecesse o desabamento, haveria dezenas de mortos. Ela está preocupada. Acontece que ele saiu e ainda não voltou. -- Amanhã acorda-o às sete horas porque ele tem aulas às oito. -- Estava a dormir tão bem e o telefone acordou-me. -- Quando acordo com barulho fico nervoso. A Teresa acordou agora mesmo. Todos acordámos em ir ao cinema. Eles acordaram em fazer a festa. O João nada faz sem o acordo dos seus pais. O passeio foi escolhido de comum acordo. O meu primo diz que está frio mas não estou de acordo com ele. Os sindicatos e a empresa estão de acordo em assinar o contrato. -- Todos estamos de acordo acerca da crise, mas não estamos de acordo nas medid as a tomar. -- Primeiro discutimos uns com os outros, mas depois pusemo-nos de acordo. -- Eu não acredito em tudo o que me dizes. -- Tu acreditarias nele? -- Não posso acreditar na notícia que ouvi. Ele não acreditou em mim. -- Ele trouxe o guarda-chuva porque acreditou que chovia. -- Nós não acreditámos que a nossa turma pudesse ganhar o jogo. -- Acreditarias que isso fosse verdade? -- Não te acredites no que ele diz. -- Não te esqueças de acrescentar à massa do bolo duas gotas de limão. -- O cliente encomendou cinco discos e depois mandou acrescentar mais dois. -- A tua redacção está muito pequena. Acrescenta-lhe mais algumas linhas. -- Vês aquele, ali, cheio de actividade? É o nosso professor de educação física . -- Há uma actividade muito grande entre os alunos desde que se pensou represent ar uma peça de teatro. -- Na minha escola, os nossos tempos livres dividem-se por muitas actividades: teatro, cinema, fotografia. -- O meu avô foi obrigado a reduzir as actividades por causa da sua idade. -- Ontem vi na televisão o actor João Villaret. Ele representava muito bem. -- Quem é a actriz principal do filme? -- No fim do espectáculo, as actrizes e os actores vieram ao palco agradecer as palmas. Na actual situação, recomenda-se aos automobilistas muita prudência. O homem actual preocupa-se com a guerra. Na hora actual, a juventude pratica mais desporto. -- O livro que tu me ofereceste trata de assuntos muito actuais. A electricidade é, actualmente, o modo de iluminação mais corrente. O tempo está actualmente muito frio. Actualmente este livro está esgotado. -- Não fiques quieto, actua! -- É preciso actuar rapidamente se não queres que a situação se agrave mais. A companhia de bailado actua às terças e quintas, no Teatro Carlos Alberto. O advogado actuou sobre a testemunha de modo a evitar que ela contasse toda a v erdade. Os remédios já não actuam naquele caso. -- A criança ainda chegou a tempo ao hospital, porque o veneno não actuou rapid amente. A Ana acusou o homem de roubo. -- Elas acusarão o colega de não fazer os deveres? -- Os meus pais acusam-me de não estudar. O João acusou a chuva de ter estragado o piquenique. -- Nós acusamos o ministro de corrupto. -- Já acusaste a recepção da carta? Como se esperava, as radiografias não acusam qualquer doença. A comparação entre as duas redacções acusa bem a diferença de valor entre os do is alunos. Interrogados sobre a falta, nenhum deles se acusou. O Pedro é audacioso, mas tem uma liberdade de acção bastante limitada. O medicamento teve acção negativa. -- Tu passas à acção sem antes discutires o assunto connosco? -- Ajuda o cego a atravessar a rua e farás uma boa acção. Com uma série de acções eles resolveram o assunto. -- Eu adaptei um novo retrovisor ao meu carro. O ``Amor de Perdição'' foi adaptado ao cinema pelo cineasta Manuel de Oliveira. -- Ó João, adaptaste-te bem ao clima do Funchal? A moldura não se adapta à pintura. -- Acende a luz antes de desceres à adega. Eles têm uma boa adega, que lhes levou muitos anos a organizar. Antes de emigrar para França, o meu primo trabalhava na adega do meu avô. -- Já vou embora. -- Então adeus! -- Quando tudo parecia ir tão bem, adeus boa vida! -- Os adeuses trocaram-se com os olhos e as mãos, de longe. -- O meu avô quis ir à aldeia dizer o último adeus à sua terra natal. Ele disse adeus à irmã e nunca mais voltou. -- Quando mudares para a cidade, bem podes dizer adeus ao sossego. -- Apressa-te porque é melhor chegarmos adiantados do que atrasados. -- Ainda são quatro horas? Então o meu relógio está adiantado cinco minutos. -- O Pedrito, com quatro anos, já sabe a tabuada? Está adiantado para a idade q ue tem. -- Onde está o cão?-- Ele vai ali adiante. -- Leste muito bem! Podes passar adiante. -- Ele teve um acidente em Agosto. Uns meses adiante morreu. -- Pelo tempo adiante verifiquei que o Daniel era mesmo inteligente. -- Adiante, adiante... que já estás a falar de mais! -- O Zé mora adiante de mim. -- Há mesmo uma pastelaria adiante da igreja. -- O pai entrou adiante de todos. Ela julga-se com capacidade de adivinhar o futuro. É fácil adivinhar que esta criança vai ter um futuro glorioso. -- Adivinha quem vem jantar! -- Adivinhaste como a noiva ia vestida? -- Não adivinharás por que o Carlos não veio? -- Pela sua cara adivinhei os seus propósitos. -- Olhei os seus gestos e adivinhei-a logo ignorante e irresponsável. O plural dos nomes pode formar-se pela adição dum ``s'' ao singular. -- O professor verificou se a tua adição está certa? O Joãozinho já sabe fazer contas de adição e subtracção. -- Faz uma frase com um adjectivo não-predicativo. O que a professora mandou fazer para férias foi sublinhar, no texto da página s ete, os adjectivos possessivos, demonstrativos, indefinidos. O adjectivo pátrio do habitante de Trás-os-Montes é transmontano. Eis exemplos de dois adjectivos gentílicos: latino, germânico. -- Eu admiro o João. Ele foi hábil. Quem não admirará a coragem do Mário? Ele salvou o colega de morrer afogado. -- Admirámo-nos que ele tivesse chegado tão cedo. -- Não te admires se eu não chegar a horas. Os comboios andam atrasados. -- Admirei-me de ele ter comido a sopa! Não é seu costume. -- Admiras-te com a sua atitude? Olha, eu já não me admiro. O Pedro admirou-se com a paciência da Graciete. Admito a existência do erro, embora não o compreenda. Mesmo que se admita que o João perdeu o livro, ele não deve ser repreendido por isso. -- Não admito que me fales desse modo! Eles admitiram ter mentido e já pediram desculpa ao professor. A televisão admitiu cinco técnicos. A associação não admite mais sócios. -- Eu adoeci porque comi fruta verde. -- Sempre que o meu cão adoece levo-o ao veterinário. Os romanos adoravam o imperador como se fosse um deus. Os Reis Magos aparecem no presépio a adorar Jesus. Ele adorava os seus filhos. -- Adoramos este chocolate! A juventude adora a música rock. Eu adoraria ter um cão. -- O teu pai adorou que tu lhe tivesses dado essa notícia. -- Antes de saíres, adormece o bebé. O fumo do tabaco faz-me adormecer. A pancada adormeceu-lhe o braço. Ele adormece sempre em frente do televisor. -- Ele já adormeceu outra vez? A gata adormeceu na almofada. Um cargo perigoso não poderia ser exercido a não ser por um adulto. O Joãozinho enganou-se! Inscreveu-se num curso para adultos. -- Chegando à idade adulta, o meu filho vai trabalhar. -- Já tens direito a voto, agora és adulto. É engraçado ver um urso adulto a brincar com os ursinhos! -- O meu pai é advogado. E o teu? -- Está aberta a audiência. Têm a palavra os advogados. -- Só faço declarações na presença do meu advogado. Quando há muito nevoeiro, os aeroportos estão fechados ao tráfego aéreo. -- Queres vir comigo esperar o meu pai ao aeroporto? Os aeroportos mais importantes de Portugal continental são o da Portela, em Lis boa, e o de Pedras Rubras, no Porto. -- Sabias que o professor de História é meu parente afastado? A paragem do autocarro está afastada da escola aí uns vinte metros. A possibilidade de Portugal ganhar o campeonato do Mundo de futebol é hipótese muito afastada. Devido ao seu comportamento, o professor afastou o aluno da restante turma. A mãe tinha afastado o filhito do fogão. -- A volta que vamos fazer afastar-nos-á de engarrafamentos. Os barcos apitaram e afastaram-se do porto. -- A tua redacção não pode ser classificada. Afastaste-te do tema. -- Afasta-te e não me fales mais! O cão afastou-se demasiado e nunca mais deu com a casa. O meu padrinho, além de mim, tem mais dois afilhados. No Domingo de Ramos, a afilhada da minha mãe oferece-lhe sempre um ramo de flor es. -- Tu também tens afilhados? -- Afinal disseste que ias ao cinema, mas não foste. -- Afinal o João entrou na Universidade ou não? -- Sim, acho que entrou. -- Andar de avião não é difícil; afinal podias experimentar. -- Tanto estudei e afinal reprovei. Ele não afirmou nada do que disseste. O governo afirma a sua vontade de acabar com os abusos. -- Nós somos os primeiros a afirmar que tu não és culpada. -- Tu afirmaste que foste ao cinema mas não foi verdade. A sua beleza afirma-se de dia para dia. -- Tu és vaidoso apenas para te afirmares -- Estamos aflitos porque o avião não chegou à hora prevista. O cão está aflito porque está preso. -- Quando soube do acidente fiquei mesmo aflita. -- Ele é um aflito! Tem sempre medo de perder o comboio. O rio Sousa é um afluente do rio Douro. Os afluentes do rio Tejo fazem aumentar o seu caudal de água. A polícia acorreu aos gritos das pessoas e agarrou mesmo o ladrão. Era tarde mas ele ainda agarrou o autocarro. Elas agarraram (n)os filhos e puseram-nos em casa. O miúdo, furioso, agarrou numa pedra para atirar aos vidros. -- Quando desceres, agarra-te bem ao corrimão da escada. Ela tinha-se agarrado de tal modo à criança que lhe foi difícil esquecê-la. -- Se queres passar de ano, agarra-te aos livros. Durante a discussão, as pessoas agitavam os braços. -- Não agites a garrafa que o vinho fica turvo. A passagem dos camiões faz agitar toda a casa. -- Olha como o vento agita a seara! Com as suas palavras, o dirigente sindical agitou toda a assembleia. Os filmes de terror agitam o sono às crianças. As más recordações continuam a agitá-lo. -- Quando vejo um acidente, agito-me com facilidade. Perante a atitude do aumento do pão, o povo agitou-se. Com a brisa, as folhas agitam-se levemente. -- Quando vimos que o mar se agitava, concluímos que grande tempestade se aprox imava. -- Estuda agora porque depois é muito tarde. -- Ontem não comi o bolo, mas agora apeteceu-me. A partir de agora ninguém faz barulho. Já lhe dei uma ajuda, a partir de agora ele trabalhará sozinho. Até agora ainda não passou nenhum autocarro. -- Eu dou-te o dinheiro, agora tu compras o que quiseres. -- Agora que já arrumámos a cozinha podemos ir passear. A cara dele não me agrada muito. -- Achas que podes agradar a todos? Há alunos que tentam agradar por todos os meios. -- Agrada-me que penses bem de mim. -- Agrada-lhe acreditar no que tu dizes. Agradou-se da rapariga mal a viu. -- Agradecer-te-ei de todo o coração o convite, mas não poderei aceitar. A doente agradeceu ao médico por ele a ter aten -- Mais uma vez te agradeço que me fales baixo!