Era uma pérola mais
que ia passando
de concha em conchaE ao passar
só ficavam
conchas fechadas para não voltar.Um dia, ao de leve, o mar abriu
a boca á Sereia da Paixão.
E assim nasceu mais um sorriso
que se abre a quem vive em solidãoPor cada pérola mais
que encontre o destino
da tua bocaPor cada beijo que houver
sentido
o desejo de uma resposta.Que sopre outra vez em turbilhões
e faça estoirar os corações,
e regue os desertos das almas
que bebem dos rios de ilusõesToma de assalto o que resta
Dança na ultima festa
Voa
Quem sabe se há espaço
e te espera um abraço ao chegar.
lr(Galamares, 28-10-97)