| | C | F | C | G |
| Numa | rua de | má | fama | |
| | C | F | C |
| faz ne | gócio um | charla | tão |
| | F | G | C |
| vende | perfu | mes de | lama |
| Am | Dm | G7 | C |
| anéis | d'ouro a | um tos | tão |
| Am | Dm | G7 | C |
| enri | quece o | charla | tão |
No beco mal afamado
as mulheres não têm marido
um está preso, outro é soldado
um está morto e outro f'rido
e outro em França anda perdido
| G | C | G | C |
| É en | trar, | senho | rias |
| | F | C | G |
| a | ver o que | cá se | lavra |
| C | G | C | F |
| sete | ratos, | três en | guias |
| | F | C | G |
| uma | cabra a | braca | dabra |
Na ruela de má fama
o charlatão vive à larga
chegam-lhe toda a semana
em camionetas de carga
rezas doces, paga amarga
No beco dos mal-fadados
os catraios passam fome
têm os dentes enterrados
no pão que ninguém mais come
os catraios passam fome
(É entrar,...)
Na travessa dos defuntos
charlatões e charlatonas
discutem dos seus assuntos
repartem-s'em quatro zonas
instalados em poltronas
Pr'á rua saem toupeiras
entra o frio nos buracos
dorme a gente nas soleiras
das casas feitas em cacos
em troca d'alguns patacos
(É entrar,...)
Entre a rua e o país
vai o passo dum anão
vai o rei que ninguém quis
vai o tiro dum canhão
e o trono é do charlatão
(É entrar,...)
É entrar, senhorias
É entrar, senhorias
É entrar, senho...