Todo o tempo é de poesiaDesde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agoniaTodo o tempo é de poesia
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas qu'a amar se consagram.Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação do caos
à confusão da harmonia.
citi, temas de cultura