(D) G Eles não sabem que o sonho
B7 é uma constante da vida
C tão concreta e defin ida
Am D7 como outra c oisa qualqu er como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltoscomo estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam
como estas árvores que gritam
em bebedeiras de azul
G eles não sabem que s onho
B7 é vinho, é espuma, é ferm ento
C bichinho alacre e sed ento
Am D7 de foc inho pontiag udo
Am que fuça através de t udo
D7 G num perp étuo movim ento Eles não sabem que o sonho
é tela é cor é pincel
base, fuste ou capitel
arco em ogiva, vitralPináculo de catedral
contraponto, sinfonia
máscara grega, magia
que é retorta de alquimistamapa do mundo distante
Rosa dos Ventos Infante
caravela quinhentista
que é cabo da Boa-EsperançaOuro, canela, marfim
florete de espadachim
bastidor, passo de dança
Columbina e Arlequimpassarola voadora
pára-raios, locomotiva
barco de proa festiva
alto-forno, geradoracisão do átomo, radar
ultra-som, televisão
desembarque em foguetão
na superfície lunarEles não sabem nem sonham
que o sonho comanda a vida
e que sempre que o homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos duma criança
jj , Fernando Faria, José Martins