| G | C |
| Venho da terra assom | brada |
| G | C |
| não pretendo roubar | nada |
| | D | D7 |
| nem fa | zer mal a nin | guém |
| G | D |
| Só quero o que me é de | vido |
| G | A |
| por me trazerem a | qui |
_que eu nem sequer fui ou_vido G C
| | D | G |
| no ac | to de que nas | ci |
Trago boca pra comer
e olhos pra desejar
tenho pressa de viver
que a vida é água a correr
Venho do fundo do tempo
não tenho tempo a perder
minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham
nem forças que me molestem
correntes que me detenham
Quero eu e a natureza
que a natureza sou eu
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu
Com licença com licença
que a barca se fez ao mar
não há poder que me vença
mesmo morto hei-de passar
com licença com licença
com rumo à estrela polar