Vinha a chuva caindo
Pra largar as águas
Pra limpar as mágoas
Pra lavar as palmas
E bater as botas no chão molhadoTinha dentes e sabres
Para abrir os peitos
Trocar os conceitos
Sacudir os leitos
E trocar sentido ao velho ditadoO seguro não morreu de velho
Morreu de medo
Partiu tão cedoCredo, nunca houve alternativa
Sem ser dar o corpo à vidaVinha a história chegando
Pra parar o vento
Pra pingar o tempo
Pra pedir alento
E soprar o pó desse chão passadoTinha livros e lentes
Pra ampliar o dia
Subir a fasquia
Gritar utopia
E servir de abrigo ao novo ditado